Após a população de Uiraúna,
no interior da Paraíba, receber com festa o prefeito João Bosco Fernandes,
depois dele pagar fiança no valor de R$ 522 mil e ser posto em liberdade, o
padre Daniel Leite, da Diocese de Patos, utilizou suas redes sociais para
criticar a atitude da população.
João
Bosco foi preso pela Polícia Federal em 21 de dezembro de 2019, dentro da
Operação Pés de Barro. À época, também houve cumprimento de mandados de busca e
apreensão em endereços do deputado federal Wilson Santiago (PTB), que ainda
está sob investigação.
Na
publicação o padre ocultou palavras mas no contexto dá para entender que ele
lamentou o fato dos populares não estarem acolhendo com festa a volta de um
cientista mas de um político acusado de corrupção e de roubar o dinheiro do
povo.
Esse vídeo
não é de acolhida de algum cientista que tenha descoberto a cura do Covid 19.
Não é de recepção a alguém que concluiu o mestrado ou doutorado. Mas, de
pessoas que estão recepcionando um co______pto (depois da era da pós verdade
tenho até medo de escrever a palavra verdadeira, por isso deixarei
subentendido) que ro___ou o próprio povo sendo flagrado recebendo 500 mil reais
do dinheiro que saiu do bolso do próprio povo. E o povo ainda o recebe como um
ídolo. O filósofo Francis Bancon tinha razåo quando afirmava que os ídolos ofuscam
o avanço da racionalidade.
A chegada
de João Bosco, a cidade foi marcada por muita queima de fogos de artifícios e
festa em comemoração a liberdade do político. Nas ruas de Uiraúna
apoiadores do gestor, que já tinham feito uma carreata quando foi divulgada
a decisão de Celso de Mello, repetiram a dose. Em motocicletas e carros
populares percorreram as principais ruas da cidade.
Escreveu o
sacerdote.
O
prefeito João Bosco Fernandes que havia sido preso após ser flagrado em um
vídeo em que recebia dinheiro e o colocava na cueca.
Pés-de-Barro
A Operação Pés-de Barro investiga desvios de
recursos públicos destinados à construção da Adutora Capivara, localizada no
município paraibano. As investigações revelaram que, entre outubro de 2018 e
novembro de 2019, a empresa responsável pelas obras,recebeu dos cofres públicos
R$ 14,7 milhões e, em decorrência da ação criminosa, repassou R$ 1,2 milhão ao
parlamentar Wilson Santiago e R$ 633 mil ao prefeito João Bosco Fernandes, como
propina.
FOTO: PB-Agora