A cidade de Serra
Talhada, município do estado de Pernambuco, está parada para o velório seguido
de sepultamento das cinco pessoas da mesma família que foram mortas durante o
assalto a banco em Milagres, no Ceará. O comércio no Centro foi fechado e
os vendedores acompanham a passagem do cortejo com os corpos das cinco pessoas
mortas.
As vítimas foram
veladas na manhã deste sábado, 8, e seguiram para o sepultamento. No início da
tarde, o empresário João Batista Magalhães, de 46 anos, e o filho Vinícius
Magalhães foram enterrados juntos no cemitério de Alto de Bom Jesus. As outras
três pessoas serão enterradas e outra localidade.
Segundo o jornal O Povo, Henrique Araújo, que está
acompanhando o velório e o sepultamento no local, o clima dos moradores da
Cidade é de revolta com a operação policial que resultou na morte de 14 pessoas
na madrugada da sexta-feira, 7, em Milagres.
Parentes e amigos
da família de Serra Talhada pedem explicações sobre as circunstâncias dos
assassinatos. A Câmara Municipal de Vereadores de Serra Talhada publicou na
última sexta-feira uma nota de pesar nas redes socias em relação ao
ocorrido.
Vindo para o Natal
Os cinco
integrantes da mesma família mortos em Milagres durante tentativa de assalto a
bancos na cidade, voltavam do aeroporto de Juazeiro do Norte (CE) e
seguiam para Serra Talhada (PE), de acordo com
Tadeu Gama, parente das vítimas que conversou com o Sistema Verdes Mares. A
família iria passar o Natal com
parentes na cidade pernambucana.
O empresário João Batista de Sousa Magalhães, 46 anos, dono de uma
loja de informática em Serra Talhada, foi
buscar a cunhada, o marido dela e o sobrinho, filho do casal, no aeroporto.
Batista saiu de casa com o filho Vinícius de Sousa Magalhães, 14 anos, e
apanhou o casal identificado apenas como Cleoneide e Cícero Bertolino, que
estava com o filho Gustavo. A família é bastante conhecida na
região. Cleoneide, Cícero e filho Gustavo desembarcaram de um voo vindo de
São Paulo.
No caminho para Serra Talhada, por
volta de 2h da madrugada, a família teve que parar o carro na BR-116 diante de
um bloqueio na estrada feito pelos assaltantes. Eles foram feitos reféns e
obrigados a deixar o carro e entrar em outro veículo com os criminosos. Antes
do assalto, a quadrilha entrou em confronto com a polícia e a família foi
atingida. Os parentes aguardam os corpos que estão na Coordenadoria de Medicina
Legal (Comel) de Juazeiro do Norte. “Uma tragédia. A cidade inteira está
em choque”, disse Gama. (Informações dos jornais
O Povo e Folha de
Pernambuco)