A Polícia Civil, por meio de um
trabalho continuado, minucioso e, em alguns casos, silencioso, inerente à
atividade de polícia investigativa, vem conseguindo contribuir para a conquista
de números positivos e bastante significativos na área da segurança pública em
Alagoas.
Um exemplo disso tem sido o fato de que notícias sobre agência bancária
ter ido pelos ares por ação de assaltantes deixou de ser uma constante em
terras alagoanas. A modalidade de roubo a banco em que criminosos sitiam
cidades, fazem cidadãos reféns, explodem agências e incendeiam veículos, que se
tornou rotineira no Nordeste, não ocorre em Alagoas há um ano.
“Em 14 de fevereiro de 2019, naquela data, criminosos explodiram caixas
eletrônicos e cofres de duas instituições bancárias em Porto Calvo. Este foi o
último registro de explosão a banco no Estado. De lá para cá, o número de
ataques a instituições financeiras vem despencando e as ações com explosões de
agências zeraram”, frisou o delegado Fábio Costa, diretor da Gerência de
Recursos Especiais (GRE).
A Seção de Roubos a Bancos (SERB), da GRE – que engloba também a Divisão
Especial de Investigação e Capturas (DEIC) da Polícia Civil é a unidade
responsável pelo trabalho especializado contra essa modalidade criminosa e,
segundo o delegado Cayo Rodrigues, titular da SERB, os excelentes números são
fruto de um trabalho planejado de investigação.
“Desde o início de nossos trabalhos na SERB, em julho de 2018, realizamos
um estudo minucioso de ocorrências anteriores, modo de agir dos suspeitos e perfil
dos potenciais assaltantes de banco, traçando um planejamento das ações
policiais, de modo a agir não apenas de forma repressiva, como também
preventivamente”, disse o delegado Cayo Rodrigues.
A SERB passou a realizar acompanhamento de potenciais autores dessa
modalidade criminosa mesmo antes das ações, o que potencializou os índices de
elucidação, que atingiu a 100% em 2019, dos ataques a agências bancárias, e
viabilizou até mesmo flagrante de tentativas de roubo e furto.
O titular da SERB destaca que, além disso, as investigações passaram a
trilhar os caminhos mais abrangentes possíveis, não só focando nos autores
diretos dos assaltos, mas também financiadores organizadores e até mesmo
fornecedores de instrumentos (carros, ferramentas, explosivos etc.).
Outro fator que certamente tem contribuído é o constante intercâmbio com
as polícias investigavas de outros Estados. Ciente da tendência de
interestadual idade das organizações criminosas de assaltos a banco. “A
constante troca de informações com investigações de outros Estados tem sido uma
diretriz dos trabalhos”, finalizou Cayo Rodrigues.
O delegado Fábio Costa destaca ainda que o método de trabalho tem
auxiliado não apenas nos esclarecimentos dos crimes em Alagoas, como também tem
proporcionado uma contribuição para a redução da criminalidade em Estados
vizinhos.
O roubo a banco é um problema que afeta não apenas as instituições
financeiras, como também a população, que é exposta ao risco de ações cada vez
mais ousadas e violentas e não raras vezes fica desassistida dos serviços
bancários.
“No dia que faz um ano sem explosão a agência bancária em Alagoas, a
Divisão Especial de Investigação e Capturas destaca, que apesar da maior
repercussão das ações com explosivos, tem trabalhado também, diariamente, em
investigações dirigidas às mais diversas modalidades de ataque a bancos e, com
o auxílio das demais forças de segurança estaduais e federais, vem alcançando
não somente o desmantelamento de grupos que atuam no modo intitulado “Novo
Cangaço”, mas também organizações que utilizam maçarico, serras, marteletes e
até modernos bloqueadores de sensores em seus crimes”, concluíram os delegados.