E a
despreocupação exacerbada da maioria dos prefeitos em conluio com o Governo do
Estado tem resultado no caos que tomou conta da educação pública em Alagoas.
Na maioria dos municípios, crianças têm deixado de ir às escolas porque
a ‘parceria’ entre Estado e prefeituras não funciona e o transporte escolar –
assegurado por Lei – desapareceu.
No Sertão, se avoluma a quantidade de escolas da rede estadual, que tem
como secretário o vice-governador Luciano Barbosa (MDB), que diminuíram o
número de alunos matriculados.
Alegando que não têm dinheiro, muitos prefeitos – em sua maioria
candidatos à reeleição – não pagam os motoristas terceirizados incumbidos de
levarem e trazerem as crianças dos sítios e Povoados para a distantes escolas e
vice-versa. São quilômetros de distância que algumas abnegadas e pobres
crianças ainda teimam – sob um sol escaldante – sair de casa ainda de madrugada
para ir a uma escola sem ar-condicionado e muitas das vezes sem merenda, para
aprender com professores desprezados pelo Estado. Uma via crucis enfrentada
apenas por quem quer crescer.
O mais surpreendente é a falta de ação do Ministério Público e do
Judiciário para acabar com tamanho descaso. Embora algumas ações penalizem o
Estado e algumas prefeituras, o caos se mantém e os alunos continuam sem ir às
escolas.
Pão de Açúcar, São José da Tapera, Piranhas – todas no Sertão – são
alguns dos exemplos negativos de desgovernos na área da educação.
E até quando nossas crianças vão ficar sem ir à escola? Eis a pergunta
que não se cala e que ninguém responde.