A prisão preventiva de Danilo da Silva, 35, foi realizada em cumprimento de um mandado judicial expedido pelo juiz da comarca local Lucas Lopes Doria Ferreira. O policial, que também é alagoano, foi localizado na Rua Floriano Peixoto, no centro da cidade de Delmiro Gouveia, e levado por uma guarnição da Rádio Patrulha (RP) para o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sediado no município.
Por se tratar
de um militar, uma guarnição de colegas de farda de Bahia o conduziu para o 20º
Batalhão de Polícia Militar de Paulo Afonso (BA), onde é lotado. O policial
ficou no referido quartel recluso à disposição da Justiça.
O caso
Embora tenha
acontecido em 21 de abril de 2017, o crime foi denunciado à polícia somente em
no dia 7 de março de 2018, quase um ano depois.
O pai da
vítima, cujo nome foi preservado para não expor a filha, relatou para a
reportagem que a adolescente, que na época do crime tinha 16 anos de idade,
revelou para ele e a esposa que conheceu Danilo da Silva por meio de uma rede
social, onde marcaram de se encontrar na conveniência de um posto de
combustíveis, localizado no centro da cidade.
Conforme o
relato da menor para os pais, no encontro, o suspeito teria dito para ela que
estava apaixonado, alegando que havia encontrado a “mulher da vida dele”,
depois a levou para conversar dentro do carro dele, com o qual se dirigiu para
um motel, situado a margem da AL-145. “Minha filha disse que se negou a entrar,
mas ele ignorou e entrou no motel, onde arrancou as roupas dela e a forçou a
transar com ele”, relatou o pai.
Segundo o pai
da menor, ela contou que o estupro durou cerca de quatro minutos e que depois
do ato, Danilo a ameaçou para que não revelasse o ocorrido para ninguém. “Ela
não nos contou nada, mas notamos a mudança de comportamento dela em casa.
Percebemos que ela estava muitas vezes pensativa e ficava muito sozinha
trancada no quarto. Apesar disso, não desconfiamos de que poderia ter
acontecido algo tão terrível”, contou.
Como se não
bastasse, conforme a adolescente, o policial passou a enviar áudios e mensagens
de texto no celular dela, com ameaças de morte contra ela e a família. “Ele
dizia que, se ela não transasse novamente com ele, iria matar a gente, os pais,
porque sabia onde cada um de nós trabalhava e que depois também iria matá-la”, revelou
o pai da moça, que viu as mensagens e ouviu os áudios recuperados no celular da
filha.
“Apesar da
pressão, minha filha não se rendeu às ameaças, embora tenha sofrido muito com
isso, e sozinha. Ela ainda tentou pedir ajuda a familiares do Danilo, mas não
recebeu apoio. Chegou ao ponto dela nos pedir para ir morar em Maceió, alegando
que pretendia se preparar para estudar medicina. Como não sabíamos de nada e
ela sempre foi muito estudiosa, nem desconfiamos que, na verdade, ela queria
fugir do estuprador”, disse o pai.
Mesmo distante,
a adolescente manteve o comportamento “estranho”, o que chamou a atenção de um
amigo para quem, depois de muita insistência, ela acabou relatando o que havia
acontecido em Delmiro Gouveia. “Por coincidência, esse rapaz era filho de um
major da Polícia Militar, que, após tomar conhecimento do ocorrido por meio do
filho, ligou para o Danilo para tirar satisfações”, afirmou o pai da vítima.
Diante do
ocorrido, o suspeito revelou para a família que estava sendo acusado de um estupro
e que, por conta disso, havia sido ameaçado de morte. Alguns familiares,
deduzindo que a ameaça.
Fonte: Correio Notícias Delmiro