Ao portal, Araújo, porém, assumiu ter votado em
Bolsonaro no segundo turno de 2018 e, citando uma declaração do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que escolheria Lula em um eventual segundo
turno contra Bolsonaro, disse que desta vez faria diferente.
“Ele [FHC] foi colocado num pelotão de fuzilamento.
Foi dito a ele que tinha que fazer a opção para não levar um tiro. Eu levaria o
tiro. Nós [PSDB] vamos trabalhar fortemente, firmemente para ter outra
alternativa que não seja as duas. Se chegar a essa alternativa, infelizmente eu
voto em branco”, declarou.
Uma diferença entre Lula e Bolsonaro, disse Araújo, é
que o PT “faz parte de um conjunto de partidos que têm apreço, compreensão da
importância do processo democrático”, mas, ainda assim, está muito distante do
PSDB.
“Hoje, o PSDB e o PT continuam com largas e grandes
diferenças de visões de país, sobretudo do ponto de vista macroeconômico. Com o
discurso do presidente Lula na sua coletiva recente, parece que essas posições
começam a ficar cada vez mais distantes. O PT faz parte de um conjunto, aí sim,
de todos que tiverem no campo da resistência para que permita que a democracia
brasileira continue em processo de amadurecimento democrático. Nós vamos
seguir”, acrescentou.