O jogador Robinho foi condenado em segunda instância pelo
crime de violência sexual cometido em 2013, na Itália. A decisão da justiça
italiana foi por nove anos de prisão para o atacante brasileiro. A defesa
do jogador ainda pode recorrer à Corte de Cassação, terceira e última instância
da justiça italiana. Um prazo de 45 dias foi dado para os advogados de defesa.
Segundo a juíza
italiana Francesca Vitale, na decisão que confirmou a condenação de Robinho, a
gravidade do fato chamou a atenção, além da forma como a vítima foi humilhada
pelos envolvidos.
"O fato é
extremamente grave pela modalidade, número de pessoas envolvidas e o particular
desprezo manifestado no confronto da vítima, que foi brutalmente humilhada e
usada para o próprio prazer pessoal", disse a juíza.
A decisão apontou contradições nos depoimentos de Robinho e de
Ricardo Falco, amigo do jogador, quando comparadas com as conversas de celular
interceptadas pela investigação. Em uma das contradições, Robinho disse não
lembrar da mulher, enquanto em outra gravação, disse que lembrava, mas não
havia tocado nela. Em um terceiro áudio, Robinho admitiu ter feito
relações sexuais com a mulher.
"Neste
contexto, a atitude de Robinho passa por uma espécie de amnésia inicial até
chegar a lembrança do que aconteceu", diz a juíza em sua decisão.
O crime ocorreu
na cidade de Milão, em 22 de janeiro de 2013, data de aniversário da vítima. À
época, o jogador ainda defendia o Milan. Outros quatro brasileiros foram
denunciados pelo envolvimento no crime. Para estes, o caso segue suspenso, por
terem evadido do país antes de serem notificados.