Adquirir um carro novo é o
sonho de muitos brasileiros. No entanto, com a pandemia, crise econômica e
desemprego alto, o carro usado passa a ser uma opção de compra mais viável e
realista. Sendo assim, o financiamento desses veículos vêm crescendo, uma vez
que ter em caixa o dinheiro à vista, também é complicado.
Somente no
Nordeste, no primeiro trimestre de 2021, o número de financiamentos de carros
usados cresceu 17,8% se comparado ao mesmo período de 2020. É a região com
maior crescimento nesta modalidade. Nacionalmente, o mesmo índice foi de
7,5%.
O levantamento
dos dados é realizado pela B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG).
A análise ainda indica que em Pernambuco, durante o primeiro trimestre deste
ano, o número de financiamentos de veículos usados cresceu 14,6%, enquanto que
para carros novos houve uma queda de 6%. No país, a queda no total de
financiamentos de veículos novos caiu, no mesmo período, 18,5%.
Ao total,
Pernambuco somou 87.822 financiamentos, no primeiro trimestre de 2021, quando
somados veículos novos e usados. Já a região Nordeste soma 233.314
financiamentos, enquanto que nacionalmente, 1,4 milhões de veículos foram
incluídos no Sistema Nacional de Gravames (SNG), no mesmo período de
2021.
“No compilado
de janeiro a março, percebemos que os veículos usados continuam representando a
maior parcela das vendas a crédito e também notamos maior procura por
financiamento de veículos leves com maior tempo de uso. Alguns fatores podem
explicar a redução de oferta de carros 0 km no mercado, como a paralisação de
montadoras com o agravamento da pandemia e a falta de insumos”, avalia a
superintendente de Planejamento da B3,Tatiana Masumoto Costa.
Fenabrave
De forma geral, conforme levantamento da Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave), houve crescimento de 4,14% nas transações
totais de veículos usados, em março de 2021. “Vale ressaltar que, em março do
ano passado, os estoques de veículos novos estavam normalizados, mesmo com o
início da pandemia do Coronavírus, em nosso País. Hoje, com estoques de
veículos 0 km comprometidos pela falta de componentes para a produção, os
volumes de vendas de usados tendem a ser maiores do que eram em 2020”, explica
o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.