A
Banda Calcinha Preta acaba de entrar no rol das empresas que foram obrigadas a
demitir seus funcionários em razão da pandemia da Covid19.
Considerada
a maior banda de forró do planeta, com 25 anos de história e grandes sucessos,
tendo, inclusive, emplacado músicas em novelas globais no horário nobre, e
participado de programas de expressão como o especial de final de ano do cantor
Roberto Carlos, a banda fez acordo com 18 funcionários para o pagamento das
rescisões trabalhistas.
Diferente
do que aconteceu com muitos artistas e bandas, que demitiram seus empregados
logo após a paralisação dos shows e eventos por conta da pandemia do
coronavírus, a Banda Calcinha Preta, mesmo sem realizar shows desde março de
2020, manteve seus funcionários até março de 2021.
A rádio Fan FM manteve contato com Sérgio Andrade, proprietário da Banda
Calcinha Preta, que explicou os motivos da demissão. “A imprevisão sobre a
volta dos shows e ausência de faturamento durante esse período, culminou na
necessidade de demissão dos funcionários”, pontuou o empresário.
Ainda
segundo Sérgio Andrade, ele chegou a desfazer de seus bens para pagar a folha
salarial, mas chegou ao ponto de não ter mais condições financeiras para arcar
com os salários.
“Tentei
de todas as formas manter o emprego dos funcionários, passei um ano todo sem
faturar e vendi meus bens para pagar a folha, porque eu sou pai e sei que eles
precisam alimentar suas famílias, mas, infelizmente, cheguei em uma situação
que não consigo mais pagar, fico triste com isso, mas não consigo mais. Eu sei
que a paralisação das atividades não é por opção nossa, é uma necessidade, mas
não temos qualquer previsão de voltar a trabalhar. Do jeito que está, sem
qualquer perspectiva de futuro, em todo esse período sem eventos não tivemos
qualquer tipo de assistência do governo, estamos vivemos um momento de muita
incerteza, só nos resta agora se cuidar pra não pegar essa doença e torcer pra
que a vacina chegue o mais rápido pra todos”, finalizou Sérgio Andrade.