O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) foi o
entrevistado desta segunda-feira (26/4) no Linha de Frente, conteúdo de
política do Grupo Aratu.
Em conversa com o jornalista Pablo Reis, o parlamentar falou sobre sua relação
de lealdade com os principais nomes do PT no estado, o senador Jaques
Wagner e o governador Rui Costa.
"Se o PT me tratar com carinho, o PT que eu digo é Rui, Wagner,
tudo bem. Se não me tratarem com carinho e respeito, como fizeram em 2014
quando não me deram satisfações sobre João Leão de vice, e Neto me chamar
para ser senador, eu vou pensar. Rui Costa quer passar para o público que é
amigo do PP, porque não pode passar que é brigado com o vice. Mas agora, com a
candidatura de Lula consolidada, está sobrando a vaga de vice, quero ver como
vão se comportar", disparou.
Nilo comentou, também, o rompimento do deputado federal João Roma
(Republicanos) com ACM Neto depois que o parlamentar aceitou o convite para ser
ministro do governo Bolsonaro. "Ali é briga. Não creio que seja
combinado porque ACM Neto disse a várias pessoas que tinha um quarto reservado
só para João Roma em sua casa em Brasília. Acho que foi um erro de João Roma.
Quando ele sair, para onde ele vai? Vai ter 3%, 4% se sair para governador com
apoio de Bolsonaro. Wagner e Neto não querem João Roma".
Ainda segundo o deputado, o governador Rui Costa é um ótimo gestor, mas
peca ao não saber "fazer política". "Como gestor é nota 10, mas
como político eu tenho minhas ressalvas. Não é de ligar, não é de procurar, mas
é um grande governador. Ele tem 80% de aprovação, o tempo vai dizer se vai
ajudar Wagner ou não. Eu coloco as duas mãos no fogo por ele naquela história
dos respiradores, é um homem sério. Mas como político, ele não é como Wagner.
Rui Costa é mais frio".