A Santa Casa Sem
Fronteiras em Antas, no Nordeste baiano, pode ter o funcionamento afetado caso
tenha de arcar com uma dívida de R$ 600 mil. Segundo a direção da unidade
hospitalar, que atende só pelo SUS, o risco do atendimento parar decorre caso
uma ação judicial seja acatada, e isso, no meio da pandemia do novo
coronavírus. O processo foi movido em 2017 pela farmacêutica Soraya Nilo, irmã
do deputado federal Marcelo Nilo.
A ação
questiona verbas rescisórias de um vínculo com a entidade. Ainda segundo a
diretoria da Santa Casa, o andamento e a movimentação do processo já foram
questionados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em tramitação nos últimos
três anos na Vara do Trabalho de Paulo Afonso e no Tribunal Regional do
Trabalho, o processo “chama a atenção não só pela rapidez da condenação, mas
também pelo montante milionário atípico em causas deste tipo”, diz a direção da
entidade.
Os débitos,
segundo as decisões judiciais, chegam ao montante de R$ 600 mil. O valor
corresponde a quatro meses de funcionamento da unidade, que se bloqueada deve
fechar as portas e encerrar os atendimentos.