Batido o martelo. Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos
Deputados, deixará o DEM e se filiará ao Partido Social Democrático (PSD) do
ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Acompanhará assim o atual prefeito
Eduardo Paes, do Rio.
Kassab está empenhado em tentar construir uma candidatura a
presidente da República que sirva de alternativa às de Bolsonaro e Lula. No
momento, o nome possível é o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que
para isso também sairia do DEM.
ACM Neto, presidente do DEM, ficará em maus lençóis com a
saída de Maia. Restarão poucos nomes de peso no seu partido – entre eles,
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, Teresa Cristina, ministra da Agricultura e
Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania.
Candidato ao governo da Bahia no ano que vem, ACM Neto,
ex-prefeito de Salvador, enfrentará o senador Jaques Wagner (PT), que já
governou o Estado por oito anos, sendo sucedido por mais oito anos pelo atual
governador Rui Costa (PT).
Será uma parada indigesta para ACM Neto, tanto mais se Lula, de
fato, concorrer como tudo indica à vaga de Bolsonaro. Outra perda indigesta
para o DEM será a de Rodrigo Garcia, vice-governador de São Paulo, que se
filiará ao PSDB de João Doria.
Dois Rodrigos
que o DEM perde numa só tacada – Maia e Garcia. Outro que poderá perder –
Pacheco.