A atividade industrial voltou a crescer no mês de março, com uma alta de 2,2% no faturamento das indústrias, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O resultado do mês de março compensa em parte a queda de 3,6% no
faturamento registrado em fevereiro, quando a atividade industrial sentiu os
efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19.
Na comparação com o mês do ano passado, a alta no faturamento de
março foi de 12,7%. Contudo, é importante lembrar que em março de 2020 os
resultados foram afetados pelos primeiros efeitos da pandemia de covid-19 sobre
a atividade industrial.
A pesquisa também registrou alta de 0,9% no número de horas
trabalhadas em março, revertendo queda de 0,5% em fevereiro. Na comparação com
o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 10,7%, o que “reflete a recuperação
da crise e a consolidação em um patamar superior ao verificado antes da
pandemia”, disse a CNI no material de divulgação.
A massa salarial (soma dos salários pagos corrigida pela
inflação) também teve alta em março deste ano, quando cresceu 2,2%, mas
apresentou uma queda de 4,6% na comparação com março de 2020 e ainda se mantém
em patamares abaixo do pré-pandemia.
“Parte da queda é explicada pelos desligamentos ocorridos
naquele período e o consequente aumento no pagamento de verbas rescisórias,
que conferiu a março de 2020 um pico descolado da tendência que se
apresentava até então”, disse a CNI ao divulgar os dados.
A utilização da capacidade instalada chegou a 81,1% em março,
alta de 0,4 ponto percentual em relação a fevereiro. Todos os indicadores estão
com ajuste sazonal, desconsiderando oscilações típicas de determinadas épocas
do ano, como número de feriados e datas comemorativas.
Emprego
O único indicador que mantém tendência de alta, sem quebras, ao
longo dos últimos oito meses, é o do emprego industrial, que registrou alta de
0,3% em março em relação a fevereiro, e de 1,2% na comparação com março de
2020.