A
produção mineral nacional apresentou um crescimento de 15% em toneladas no
primeiro trimestre de 2021, e garantiu um investimento de R$200 milhões, que
devem ser distribuídos por mineradoras pelo país até 2025.
A maior parte desses investimentos está destinada à
Bahia, com cerca de R$70 bilhões sendo aplicados em cerca de 28 municípios. Os
dados são do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e o valor representa 35%
dos aportes catalogados pelo órgão em todo país.
O destaque para a Bahia está relacionado ao
crescimento significativo na produção de minerais no estado. Nos três primeiros
meses de 2021, o faturamento baiano bateu a marca dos R$10,5 bilhões, contra o
índice de R$5,8 bilhões atingido no mesmo período do ano passado, representando
um crescimento de 94% na receita.
Presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral
(CBPM), Antonio Carlos Tramm reconhece a valorização do produtor da
mineração, em especial do minério de ferro, e a desvalorização do real como
alguns dos fatores responsáveis pelo incremento no faturamento das mineradoras.
“Este aumento no volume de investimentos confirma que
a mineração irá ocupar cada vez uma posição de destaque no desenvolvimento
econômico da Bahia, na geração de empregos e de tributos”, afirma.
Os 92 projetos que integram o portfólio das
mineradoras para receber os aportes estão situados na área de influência
regional de mais de 81 municípios, em vários estados, e vão contribuir para
movimentar a economia a médio e longo prazo, com promoção a negócios em
extensas cadeias produtivas, geração de empregos e aumento da arrecadação
tributária, entre outros benefícios socioeconômicos, como a geração de mais
renda.
Segundo o IBRAM, no 1º trimestre do ano a indústria
da mineração pagou quase 102% a mais em tributos totais do que no 1º trimestre
de 2020: R$24 bilhões ante R$12 bilhões. O saldo de empregos do setor também
foi positivo neste trimestre, com 11 mil novos postos diretos. As vagas diretas
abertas nas mineradoras geram empregos indiretos da ordem de 1 para 11 ao longo
das cadeias produtivas, informa o IBRAM.
Para o diretor presidente do IBRAM, Flávio Penido, a
mineração passa por um ciclo crescente, o que torna o momento ideal para
criação de melhores condições que permitam que a atividade legalizada possa se
expandir.
“Quando a mineração está em um ciclo positivo ela
assegura insumos e impulsiona negócios para milhares de empresas de todos os
portes e de praticamente todos os segmentos, o que é extremamente positivo para
a economia nacional”, afirma. “Os dados que divulgamos mostram que a sociedade
deve enxergar a mineração como uma parceira para o desenvolvimento
socioeconômico perene do país”, acrescenta Penido.