A Polícia Civil, por meio do Centro de Operações Policiais
Especiais (Cope), efetuou na manhã desta quinta-feira, 06, a desarticulação de
um grupo criminoso que atuava no roubo a residências tanto na capital,
quanto no interior do Estado. A ação, intitulada “Falsos Guardiões”,
resultou na prisão de quatro indivíduos, após cumprimento de mandados em Aracaju
e na cidade de Frei Paulo. Um quinto envolvido acabou vindo a óbito após
confronto com os policiais.
De acordo com as investigações, o grupo se passava por policiais
e invadia as residências, praticando os roubos. Eles agiam inclusive contra
outros criminosos, roubando drogas e armas de fogo. Como resultado da operação,
foram apreendidos armas e também outros objetos que estavam em posse dos
investigados.
Segundo o delegado Hilton Duarte, a primeira ação do grupo foi
identificada em fevereiro do ano passado. “A investigação começou em
Ribeirópolis. Detectamos diversas ações similares em Itabaiana, Frei Paulo e
Aracaju. Na operação desta quinta-feira, conseguimos apreender quatro pistolas
e agora vamos dar continuidade às investigações para apurar as responsabilidades
e individualizar a conduta de cada um”, detalhou.
Hilton Duarte também destacou que a operação remonta à ação
atípica praticada pelo grupo e o modo de atuação da associação criminosa. “Era
uma associação criminosa composta por cinco suspeitos. Eles chegavam às casas
das pessoas dizendo que eram policiais e possuíam mandados de busca e apreensão
ou de prisão. Na ocasião, eles rendiam as pessoas e levavam todos os seus
pertences, desde dinheiro a objetos de valor”, revelou.
As investidas criminosas, conforme citou o delegado, também eram
praticadas contra outros criminosos. “Os suspeitos também compravam drogas na
casa de traficantes. Nesse momento, eles verificavam tudo o que tinha dentro da
casa e chegavam, muitas vezes, com carros alugados. Na oportunidade, o grupo
rendia os traficantes, levando todos os pertences presentes na casa”,
relatou.
O delegado Hilton Duarte também apontou a participação de um
policial civil no grupo criminoso. “No decorrer das investigações, foi
constatado que um dos integrantes da associação criminosa é policial
civil. O agente foi apontado como uma das lideranças do grupo, definindo o que
seria feito ou levado pelo bando no momento de cada investida”, completou.
Sobre a participação do profissional da segurança pública nas
investidas criminosas, o delegado-geral da Polícia Civil, Thiago Leandro,
afirmou que “a respeitada instituição não coaduna com qualquer tipo de desvio
de função por parte de qualquer servidor, seja da parte administrativa ou
criminal”.