Uma
delegada foi afastada de suas funções nesta quarta-feira, após a deflagração da
“Operação Dublê”. Também foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e
cinco mandados de buscas e apreensões, em Salvador e São Paulo (SP).
A operação apurou fortes indícios da existência de
associação criminosa especializada na prática de delitos de furtos, roubos e
clonagem de veículos, cujo líder mantinha relação próxima e duradoura com a
delegada. As investigações demonstraram que a delegada se utilizava das
prerrogativas inerentes ao cargo e da influência que gozava na Polícia Civil
para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução e proveito
dos crimes. Ela chegou a forjar documentos e a introduzir uma pessoa ligada à quadrilha
no ambiente da Polícia, acompanhando-a, como policial fosse, portando armas e
auxiliando-a nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.
Com base nas provas apresentadas, foram deferidos
pela 1ªVara Especializada em Crimes Contra a Administração Pública da comarca
de Salvador/BA o pedido de prisão preventiva do apontado chefe da quadrilha, os
pedidos de buscas e apreensões em endereços residenciais e outras propriedades
dos investigados.
Além do afastamento pelo período de um ano, a
delegada também estará proibida de acessar as dependências e os sistemas da
Polícia Civil, de ter comunicação com outros agentes de segurança e de utilizar
os serviços da Secretaria de Segurança Pública.