A Polícia Legislativa não descartou que o marido de Joice
Hasselmann, o neurocirurgião
Daniel França, tenha agredido a deputada. Não há nenhum elemento que
aponte a culpa do médico, tampouco nada que claramente diga ser impossível esta
tese.
Joice e França negam peremptoriamente esta hipótese. De fato, os policiais observaram que não havia nenhum sinal nas mãos de França de que ele a teria agredido. Ele diz que não teria ouvido nada da agressão porque estava em outro quarto e teria o hábito de roncar alto.
Os policiais, entretanto, consideram que os prováveis gritos da deputada, em um ataque, poderiam ainda assim ser ouvidos de outro quarto. E também consideram estranha a demora de Joice e do marido para registrar a ocorrência. O ataque teria sido na madrugada de sábado para domingo (18/07), mas o caso só veio à tona na quinta-feira (22/07).
O exame das 16 câmeras e os seguranças do prédio
onde a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) mora, em Brasília, desmentem sua
versão de que o apartamento teria sido invadido por agressores que a deixaram
com cinco fraturas no rosto, cortes e dois dentes a menos. Nenhum estranho saiu
ou entrou no apartamento nos dias em que a agressão se deu. Nem a deputada saiu
para exames, como afirmou, em um hospital.
Das duas, uma
Restam duas linhas: a deputada foi vítima de
violência doméstica ou se lesionou para ganhar manchetes ou por razões de
natureza psicológica.
A cena do crime
O delegado Miguel Lucena, do DF, deu sua opinião
profissional a esta coluna, sábado (24): a investigação deveria começar dentro
da casa.
Há gente assim
Lucena lembrou ontem da investigação que fez em
2015, na 3ª DP do DF, de um homem que até deu tiro no próprio pé, simulando
“atentados”.