Conhecida nacionalmente após ser presa em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a garota de programa Flávia Tamayo, mais conhecida como Pâmela Pantera, foi condenada a oito anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas e associação. A estrela da indústria de filmes eróticos foi alvo da ação que desmantelou um esquema de tráfico de drogas conduzido por uma organização criminosa formada por prostitutas.
Pantera chegou a ficar presa
no Espírito Santo entre junho e setembro do ano passado e, após ser transferida
para o DF, passou a usar tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar durante a
instrução do processo penal. A Justiça determinou que a garota de programa
cumpra a pena em regime semiaberto. No entanto, a decisão ainda cabe recurso.
As investigações conduzidas pelas 5ª Delegacia de Polícia (Área
Central) apontaram que a atriz pornô e seu bando eram especializados em
realizar a venda e distribuição de entorpecentes, principalmente drogas
sintéticas e cocaína, a clientes de alto poder aquisitivo do DF.
Capa de revistas masculinas famosas, como a Playboy – edição
publicada em Portugal – e a Sexy, a atriz de películas produzidas pela franquia
Brasileirinhas oferecia uma espécie de cardápio sexual aos clientes mais assíduos.
Os preços mais sofisticados sempre eram acompanhados de carreiras de pó.
Prisão
Flávia Tamayo acabou presa pela Polícia Civil do Espírito Santo,
que deu continuidade à Operação Rede, realizada em junho pela PCDF, quando mais
de 200 policiais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão e prisão.
De acordo com a Polícia Civil, logo após ser dada voz de prisão, a
mulher quis chamar a atenção de clientes do hotel, fazendo um escândalo. A
corporação detalha que, aos berros, Flávia tentou tirar a própria roupa, sendo
impedida pelos agentes que atuavam na apreensão.
Com a jovem, foi apreendida pequena quantidade de droga para
consumo próprio, um valor não divulgado de dinheiro em espécie e um celular.
Operação Rede
As investigações que embasaram a operação coordenada pela PCDF
duraram dois anos. Durante a ação deflagrada em junho, policiais da 5ª DP
apreenderam grande quantidade de cocaína, lança-perfume, além de arma de fogo e
munições. As mulheres negociavam programas sexuais regados a pó para uma
clientela seleta.
De acordo com investigações da 5ª DP, não há conexão entre os
núcleos criminosos, mas todos exercem funções parecidas: a distribuição dos
entorpecentes para traficantes menores e usuários que ficam na ponta do
esquema.
À época, no DF, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão
em Águas Claras, Candangolândia, Setor Hoteleiro Norte, Ceilândia, Samambaia,
Recanto das Emas, Planaltina, Brazlândia, Lago Norte e Goiânia (GO). Entre os
alvos da operação, havia um terceiro grupo, especializado na distribuição de
drogas na região central de Brasília. Os criminosos adotaram o sistema
delivery, fazendo a entrega diretamente para os usuários.