O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo
(Sapesp) foi à Justiça para cobrar férias para os jogadores de futebol. O
pedido é para que a CBF suspenda o esporte por 30 dias no país. Caso a
exigência seja descumprida, o sindicato exige a cobrança de multa de R$ 500 mil
por dia, com um valor total de R$ 5 milhões após o trânsito em julgado da ação.
O órgão ainda quer que a Confederação Brasileira de Futebol pague indenização
aos atletas caso período de recesso desportivo não seja concedido.
A ação do sindicato,
iniciada em junho, pretendia que os atletas tivessem o recesso durante a Copa
América para não atrapalhar a disputa de torneios, como Libertadores e
Sul-Americana, organizados pela Conmebol. A Justiça, entretanto, determinou a
realização de uma audiência de conciliação, postergando a decisão.
Na ação, o sindicato diz
que o futebol foi paralisado em março de 2020, pela pandemia de Covid-19,
momento em que os clubes deram férias aos elencos. As atividades foram
retomadas em julho, sendo que todos os times da Série A deram férias de acordo
com a MP-927, no período entre abril e maio. Porém, desde então, os campeonatos
estaduais e nacionais vêm sendo realizados sem o recesso para que os atletas
possam descansar, com algumas partidas chegando a ocorrer em intervalo de
apenas 48 horas.
A CBF afirmou que não
recebeu qualquer notificação neste sentido. A entidade disse que "o
período de férias foi cumprido antecipadamente devido à paralisação do futebol
durante a pandemia da covid-19, conforme acordado entre clubes e atletas".
A
entidade acrescentou que "o tema relativo ao período de férias entre as
temporadas de 2020 e 2021 foi objeto de acordo entabulado entre a CBF e a
entidade representante dos atletas em âmbito nacional, no caso a Fenapaf, com a
participação do Ministério Público do Trabalho e homologado pela Justiça do
Trabalho".