Após mais de dez anos, a Justiça de Mato Grosso condenou o tenente-coronel da Polícia Militar Dulcézio Barros Oliveira a seis anos de prisão pela morte do policial militar alagoano Abinoão Soares de Oliveira.
O caso ocorreu em 2010. O militar se afogou durante uma atividade de resistência. No dia do treinamento, além de Abinoão, outros três alunos passaram mal após a atividade.
O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (5) e
absolveu os outros três militares que eram acusados de participação no crime:
Heverton Mourett de Oliveira, Ricardo Tomas da Silva e Hildebrando Ribeiro
Amorim.
A decisão é do Conselho Especial de Justiça. O tenente-coronel também foi condenado a perda do cargo.
O caso
Abinoão morreu no dia 24 de abril de 2010. Ele tinha viajado de Alagoas a Cuiabá para participar de um treinamento para Tripulante Operacional Multi-Missão, realizado pela então Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MT).
O militar passou mal depois de levar um 'caldo' na
lagoa onde foi feita uma atividade de resistência, na MT-351, conhecida como
estrada de Manso.
Um
ano depois, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra 29 policiais
militares e pediu a prisão preventiva de sete deles.
Em
2016, a Corregedoria da Polícia Militar em Mato Grosso mandou prender
administrativamente 11 policiais, sendo seis oficiais e cinco praças, pela
morte do soldado.
Em
março de 2017, o estado foi condenado a pagar indenização de R$ 210 mil para a
viúva e os dois filhos do policial militar.
Além
disso, o estado ainda deverá pagar à família indenização de pensão por morte no
valor de R$ 1.818,56 (salário que o PM recebia, à época), valor que será
dividido entre a viúva e os filhos. A companheira deverá receber o valor até a
data em que o marido completaria 65 anos e os dois filhos, até completarem 24
anos cada um.