A Justiça de Alagoas decidiu tornar réu o ex-delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, por homicídio qualificado praticado contra o advogado Nudson Haley Mares de Freitas, em 3 de julho de 2009.
O Ministério
Público de Alagoas denunciou Paulo Cerqueira no último dia 31 com as
qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da
vítima, e também pelo crime de associação criminosa praticado naquele ano.
A decisão de
tornar o delegado réu é da juíza Luana Cavalcante de Freitas, que aceitou a
denúncia contra o delegado que chefiou
a PC-AL entre 26/08/2012 e 17/01/2014 e depois retornou ao cargo em 01/01/2015,
onde ficou até abril.
Na decisão, a magistrada
afirma que “a denúncia indica seu embasamento no inquérito policial
instaurado com a finalidade de investigar o homicídio [...] os indícios de
autoria encontram-se nos elementos de informação presentes nos autos”.
Paulo Cerqueira
é acusado pelo juiz Marcelo Tadeu e indiciado pela Polícia Federal como
possível autor intelectual da morte do advogado Nudson Harley. O advogado
teria sido morto por engano, no lugar do magistrado, mas o motivo nunca foi
revelado.
Informações divulgadas
pela imprensa alagoana revelam que Antônio Wendel Guarnieri, um dos autores
materiais do crime confirmou que o delegado o contratou para executar o juiz,
que acabou escapando ileso do suposto plano do delegado.
O crime
aconteceu no dia 3 de julho de 2009, no bairro Mangabeiras, na capital
alagoana. Mas quem queria ver Marcelo Tadeu morto? De acordo com o magistrado
aposentado, em entrevista à imprensa concedida em abril deste ano, ele
sempre esteve envolvido em decisões e processos que continham nomes influentes
em Alagoas, como usineiros, magistrados e prefeitos, sem contar seu trabalho
para combater a gangue fardada, grupo criminoso formado por policiais.