Treze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis cidades de
Sergipe e Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (15) pela Polícia Federal e
Controladoria-Geral da União, contra fraudes e apropriação de recursos públicos
federais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos por uma
organização da sociedade civil.
Foram destinados R$ 1,5 milhão para a formação profissional de 600
jovens residentes em Sergipe, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
O plano de trabalho previa a qualificação dos jovens-aprendizes para
inserção no mercado de trabalho, residentes nos municípios de Aracaju, São
Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, Lagarto e Simão Dias,
no estado de Sergipe; bem como, em Brasília (DF) e em Três Rios (RJ).
Do total disponibilizado para a organização investigada, o prejuízo
estimado é de mais de R$ 400 mil, até o momento, envolvendo confecção de
materiais paradidáticos superfaturados; ausência de comprovação efetiva de
realização dos cursos profissionalizantes, e remessa de informes com
quantitativo de alunos inferior ao previsto no plano de trabalho.
De acordo com a investigações, a entidade investigada se utilizou de
documentos inadequados para celebrar os contratos com a administração pública.
Para comprovação da experiência prévia, a entidade beneficiária teria
utilizado declarações falsas; e, em relação aos contratos firmados com cursos
profissionalizantes, houve a simulação de cotação de preços para a prestação
dos serviços aos jovens, uma vez que as contratações já tinham sido previamente
direcionadas.
Os mandados, expedidos pela Justiça sergipana, foram cumpridos durante a
Operação Bartimeu, em que participaram 45 policiais e três auditores nos
municípios de Aracaju, Lagarto e Simão Dias, em Sergipe, e Lagoa Grande,
Petrolina e Recife, em Pernambuco.
Fonte: G1/SE