O
presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que eleição do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) significaria "reconduzir
criminoso à cena do crime", e que projeto de poder dos adversários seria
"roubar a liberdade".
"Querem
reconduzir à cena do crime o criminoso, juntamente com Geraldo Alckmin? É isso
que queremos para o nosso Brasil?", questionou Bolsonaro, dizendo que
chega a três anos de governo, com dois "em mar revolto", por conta da
pandemia.
O chefe do Executivo cita a
virtual aliança entre ex-tucano e petista, sem mencionar Lula diretamente.
A declaração ocorreu durante
evento de lançamento de linhas de crédito para Aquicultura e Pesca no Palácio
do Planalto.
Bolsonaro está pressionado por
chegar no ano de sua reeleição ainda em cenário de pandemia, com rejeição alta
e economia patinando.
Pesquisa Datafolha divulgada
em dezembro mostra que, num cenário de primeiro turno, o ex-presidente tem 48%
de intenção de votos no 1º turno, seguido de Bolsonaro (22%), Sergio Moro (9%)
e Ciro Gomes (7%).
O presidente disse não ter
provas, mas voltou a falar que o ex-presidente está oferecendo ministérios em
troca de apoios. "Não tenho provas, mas vou falar. Como é que aquele
cidadão está conseguindo apoios, apesar de uma vida pregressa imunda? Já
loteando ministérios.
"Em entrevista recente,
Bolsonaro disse que o comando da Caixa Econômica estaria em negociação pelo
adversário e líder nas pesquisas.
Ainda que demonstre incômodo
com suposto loteamento de ministérios, o presidente teve de abrigar aliados na
Esplanada no último ano para contornar crise política.