O acidente
com o ônibus que transportava a banda do cantor Devinho Novais e que terminou
com a morte do saxofonista Cláudio Douglas dos Santos Oliveira, conhecido como
Jack Sax, de 34 anos, foi causado por excesso de velocidade. É o que
aponta a perícia feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A informação foi
divulgada nesta sexta-feira (11).
O g1 conversou com Abelardo Silva, escrivão da
Delegacia de São Sebastião, município do Agreste de Alagoas, onde o acidente
aconteceu em um trecho da BR-101. Ele explicou que os documentos da PRF apontam
que no local do acidente há placas de sinalização que indicam que a velocidade
permitida na via é de 40 km/h e que o ônibus trafegava em uma velocidade muito
superior a permitida.
“Essa semana nós começamos as oitivas. Já ouvimos o
pai e a esposa do Cláudio Douglas [saxofonista que morreu no acidente]. Nós
também recebemos o Boletim de Ocorrência feito pela perícia da PRF, uma vez que
acidente ocorreu em uma rodovia federal. Esses documentos informam que o disco
do tacógrafo aponta que o ônibus estava a 100 km/h no momento do acidente”,
explicou o escrivão.
Tacógrafo é o equipamento de medição que registra a quantidade de quilômetros percorridos e a velocidade com que o veículo se desloca nas estradas. Isso significa que o tacógrafo permite saber quantos quilômetros foram percorridos em um determinado período.
Para a PRF, o
motorista disse, ainda no local do acidente, que é motorista há 35 anos e que
por experiência achou que dava para contornar a curva na velocidade que
trafegava.
O escrivão disse ainda que representantes da
empresa do cantor e da banda serão intimados a depor na próxima semana. Além
deles, a Polícia Civil deve ouvir duas pessoas que estavam no ônibus e que as
oitivas deverão ser concluídas com o depoimento do motorista.
“Não necessariamente o cantor precisará ser chamado a depor. Mas o Boletim de Ocorrência da PRF já foi bastante conclusivo sobre o que causou o acidente”, antecipou.