O senador Jaques Wagner
(PT) confirmou, em nova reunião com deputados federais do partido na tarde
desta segunda-feira (28), que não será candidato ao governo. Apesar da
movimentação interna do partido, com emissão de notas públicas por deputados,
setoriais e tendências – e de aliados ao PT -, o senador manteve a decisão de
não disputar o governo, cedendo a cabeça da chapa a Otto Alencar (PSD) e
possibilitando, assim, que o governador Rui Costa renuncie e dispute uma vaga
no Senado – o vice-governador João Leão assume a titularidade e o PP indica o
vice na chapa de Otto.
A
expectativa, no início da reunião, era que Wagner acenasse positivamente à
manutenção da candidatura, motivo porque o encontro foi realizado a pedido dos
parlamentares, todos preocupados com a repercussão da ausência de uma
candidatura majoritária petistas em suas chances de reeleição. Com a negativa
do senador, a sigla agora discute o que fazer: pode resignar-se e apoiar Otto
ao governo ou lançar uma candidatura própria. Pesquisas chegaram a ser feitas
com os nomes de Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, e de Luiz
Caetano, secretário estadual de Relações Institucionais,para avaliá-los como
alternativa.
Os
parlamentares decidiram que somente concluiriam a reunião quando chegassem a dois
desfechos possíveis: o primeiro – e desejado – era o aceite de Wagner ao pleito
dos deputados, movimentos e partidos de esquerda aliados; o segundo, a opção de
apresentar ou não um nome alternativo à sucessão estadual, contestando o nome
de Otto e criando dificuldades para a eleição ao Senado de Rui, eleito hoje
como o inimigo número um do partido e de seus membros.