A
formação da federação partidária entre o PSDB, MDB e União Brasil vai ser
aberta formalmente na próxima terça-feira (15). Com isso, o partido pode abrir
mão da pré-candidatura do governador de São Paulo, João Dória, à Presidência da
República.
Segundo o presidente do PSDB, Bruno Araújo “as
pretensões de candidaturas de cada partido ficam sujeitas as deliberações
futuras da eventual federação”. É a primeira vez que o PSDB admite formalmente
a possibilidade de negociar a candidatura João Dória num acordo partidário.
Escolhido pré-candidato pelo PSDB após um acirrado
processo de prévias internas, Dória tem um desempenho considerado abaixo do
mínimo necessário para manter a união partidária em torno de seu nome, o que
tem feito parte dos integrantes da sigla a buscar uma alternativa política
viável para o governador.
Ele enfrenta a resistência interna de nomes
influentes do partido como Aécio Neves, Tasso Jereissati e José Aníbal, mas
recebeu apoio público do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A criação de uma federação partidária com MDB e União
Brasil faria as agremiações envolvidas a abrir mão de seus pré-candidatos e uma
nova escolha seria realizada, buscando um nome de consenso.
A assessoria do governador João Dória negou
veementemente que haja qualquer articulação para a desistência e que as
especulações seriam apenas uma tentativa de enfraquecimento da candidatura por
alguns membros de uma ala minoritária que não aceitou o resultado das prévias do
PSDB.
Vencido nas prévias presidenciais do PSDB, o
governador gaúcho Eduardo Leite pode seguir outro caminho e disputar a
reeleição no Rio Grande do Sul.