O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por
unanimidade, o pedido de fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social
Liberal (PSL), que vai criar o União Brasil. A sigla nasce como uma das maiores do país em
bancada, mas sua criação permitirá a migração de parlamentares insatisfeitos
para outras siglas, de modo que o tamanho real do novo partido ainda é uma
incógnita, assim como seu futuro político.
Os dirigentes do União Brasil, que será presidido por Luciano
Bivar (imagem em destaque), já flertaram com o pré-candidato à Presidência
Sergio Moro, hoje no Podemos, mas também avaliam
entrar na eleição deste ano sem candidato ao cargo mais importante da administração
federal.
Há, nos quadros da nova legenda, de apoiadores
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a aliados do presidente Jair
Bolsonaro (PL).
O secretário-geral da nova legenda será o atual presidente do DEM, ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Na sessão desta terça-feira (8/2), os ministros do TSE determinaram ainda que o novo partido cumpra, nos próximos três meses, exigências burocráticas como o cancelamento de contas bancárias das antigas agremiações e o cancelamento das identidades jurídicas (CNPJ) independentes, para a criação da nova.
Voto do relator
“Verifiquei o cumprimento de todos os requisitos necessários para a
fusão de partido político que é exigido. Portanto, verifico cumpridos
integralmente os requisitos objetivos para a fusão do Democratas e do Partido
Social Liberal. E assim, para o deferimento do partido político resultante,
denominado União Brasil”, votou o ministro Edson Fachin, relator do pedido. Ele
foi acompanhado pelos demais colegas de TSE no entendimento, algo que já era
esperado.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Mauro Luiz Campbell
Marques, Benedito Gonçalves, Sérgio Silveira Banhos e Carlos Bastide Horbach
compõem o plenário com Fachin.