A morte de Paulinha Abelha em fevereiro deste
ano ainda aperta os corações de quem ama a vocalista do Calcinha Preta. Até
hoje, a família e os amigos tentam entender o que de fato causou a morte da
artista. O Domingo Espetacular divulgou, no último domingo (6/3), os resultados
do laudo do fígado da cantora, que podem auxiliar a entender o que aconteceu.
Segundo a
reportagem, o laudo feito no fígado de Paulinha indicou uma necrose e concluiu
que o que foi encontrado pode corresponder à “injúria hepática induzida por
medicamentos”, ou seja, o fígado de Paulinha estava sobrecarregado.
Uma das causas dessa sobrecarga poderiam ser
os inúmeros remédios que a cantora tomava, a partir da nutróloga que a
acompanhava, para tratar diferentes sintomas. Seriam medicamentos como
anti-depressivos, calmantes, pílulas para memória, entre outros. Um painel
toxicológico da cantora testou 12 substâncias psicoativas, incluindo drogas
como ecstasy, cocaína e maconha, que não foram encontradas. As duas substâncias
detectadas no teste, anfetaminas e barbitúricos, guiam o caminho para a
resposta que a família tanto procura.
A anfetamina é
encontrada em medicamentos utilizados por quem tem Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade. O remédio, que a cantora tomava por indicação da
nutróloga, também pode causar perda de apetite e de peso, assim como náuseas e
vômitos. Esses dois últimos motivos, inclusive, levaram a cantora a procurar um
hospital. Ainda de acordo com a reportagem, Paulinha tomava cerca de 16
substâncias que juntas poderiam levar a sobrecarga do fígado da artista, sendo
que um componente de um deles ainda poderia inibir as funções do órgão.
Além disso, os barbitúricos encontrados no
painel toxicológico podem ter agravado a situação do fígado de Abelha.
Utilizado em sedativos que costumam ser ministrados em hospitais, ainda não se
sabe ao certo se essas substâncias foram usadas na vocalista ou não.
Por outro lado,
Paulinha também teve problemas neurológicos, como apontado pela emissora. Um
teste feito quando ela ainda estava internada mostrava que a cantora tinha
níveis muito alterados em uma parte do cérebro, que correspondia a
meningoencefalite.
A certidão de
óbito da cantora aponta que essa é uma das causas de sua morte e ainda afirma
que hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite também motivaram
o falecimento. Ainda não se sabe se a insuficiência renal ou os problemas
neurológicos começaram primeiro, e a família ainda aguarda pelos laudos dos
rins para ter mais detalhes sobre o que fez com que Paulinha Abelha partisse.