O
Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Apoio Especial de Combate às
Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 7, a
terceira etapa da ‘Operação Inventário’, batizada de "Turandot", para
cumprimento de oito mandados de prisão preventiva decretados pela 1ª Vara
Criminal de Paulo Afonso. A “Turandot” investiga fraudes milionárias em
processos judiciais em trâmite na comarca de Paulo Afonso, supostamente
praticados por organização criminosa formada por juiz aposentado, advogados,
serventuários e particulares. Oito pessoas foram presas em Salvador (03), Paulo
Afonso (04) e Aracaju (01).
Segundo as denúncias oferecidas pelo Gaeco e já
recebidas pela Justiça, um dos principais responsáveis na Orcrim por forjar
alvarás de inventário fraudulentos, preso nesta terça-feira, movimentou mais de
R$ 50 milhões em renda descoberta, ou seja, em recursos não declarados. Parte
do montante, apontam as investigações, foi repassada por meio do uso de
“laranjas” e, inclusive, destinada para compra de imóveis de luxo na Flórida,
nos Estados Unidos, avaliados em mais de R$ 5 milhões. Durante as investigações,
foram identificados diversos saques em espécie em valor acima de R$ 100 mil.
A
terceira fase da ‘Operação Inventário’ é fruto de esforço conjunto do
Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco; da Polícia Civil, por meio da
18ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin - Paulo Afonso); e
da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do
Grupamento Aéreo (Graer). Também contou com o apoio da Força-Tarefa de combate
a crimes praticados por policiais civis e militares, das Corregedorias da
Secretaria de Segurança Pública da Bahia e da Polícia Militar, do Gaeco do
Ministério Público de Sergipe e da Ordem dos Advogados do Brasil.