O brasileiro Neymar e mais cinco pessoas serão julgadas por supostas
irregularidades na assinatura do contrato do atleta com o Barcelona, firmado em
2013. Um tribunal da Catalunha, na Espanha, iniciará a análise do caso a partir
do dia 17 de outubro, próximo da Copa do Mundo do Catar.
Segundo o Jornal El País, além dos pais do craque, os ex-presidentes do
Barcelona (Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu) e um ex-diretor do Santos
também estarão presentes no banco dos réus.
Na ação, o Ministério Público da Espanha exige o pagamento de 8,4
milhões de euros, cerca de R$ 45,6 milhões.
Ainda de acordo com El País, o julgamento é consequência de uma denúncia
apresentada há sete anos pela DIS, empresa brasileira especializada no mercado
de futebol, que se sentiu prejudicada na negociação. Antes da ida do jogador
para a Europa, a empresa detinha 40% dos direitos federativos dele.
A empresa e o Ministério Público consideram que, em 2011, ocasião do
“pré-acordo” entre jogador e empresa, Neymar e o pai assinaram dois contratos
simulados com o Barcelona, ignorando que parte dos direitos pertenciam à DIS.
Um desses contratos, de 40 milhões de euros, teria servido para “amarrar” a
assinatura antes de se tornar público, e teria sido feito sem o conhecimento da
DIS.