Arthur
Wenderroscky parou na delegacia nesse sábado (14/9), depois de ser
acusado de racismo. O atleta do Fluminense foi denunciado por um
gandula após a partida contra o Madureira, pelo Campeonato Carioca Sub-20, em
Conselheiro Galvão.
O profissional e um
outro atleta contaram que Arthur os chamou de escravos. A disputa entre os
clubes terminou em 1 a 1 e, quando acabou, os boleiros do Madureira partiram
para cima do rapaz. A polícia foi chamada.
“Ele chamou o gandula
de escravo. Aí eu fui e dei uma enquadrada nele, falando que não era assim que
as coisas são. Aí ele disse: ‘Vocês são tudo escravo’”, alegou um dos
esportistas do time rival.
Arthur Wenderroscky foi
levado para a 29ª Delegacia de Polícia, onde um boletim de ocorrência foi
registrado.
“Inicialmente, foram
apontadas três vítimas. No entanto, em depoimento, uma delas negou ter sido
ofendida. Uma testemunha se apresentou na delegacia e foi ouvida, outras serão
intimadas. Os agentes analisam imagens e realizam outras diligências para esclarecer
todos os fatos. A investigação está em andamento”, informou a Polícia Civil em
nota.
O Fluminense também
emitiu um comunicado, se colocando à disposição das autoridades para esclarecer
os fatos e acompanha o caso de perto:
“O Fluminense acompanha
de perto o caso envolvendo o atleta Arthur e informa que se colocou à
disposição das autoridades para o pleno esclarecimento dos fatos. O clube
reforça seu veemente posicionamento contra o racismo e reafirma que luta
incansavelmente contra todo tipo de preconceito no futebol e na sociedade em
geral”, pontuou o clube carioca.
O Madureira repudiou o episódio e prestou solidariedade às vítimas. “É inaceitável que nos tempos atuais ainda temos que nos deparar com situações lamentáveis como a acontecida hoje em Conselheiro Galvão. O Madureira presta toda solidariedade e mantém apoio ao funcionário Jeferson e ao atleta Edilson”, declarou.