A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Jogo Sujo, para cumprir
mandados de busca, apreensão e bloqueio de valores. A ação visa apurar o desvio
de R$ 3,5 milhões pelo tesoureiro de uma agência do Banco de Brasília (BRB). O pedido de investigação partiu da própria instituição
financeira.
A Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor), investiga o caso, com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). A operação ocorreu no último sábado (17/2).
As apurações
revelaram que o servidor
público, com acesso ao cofre da agência e conhecimento das operações
de caixa, retirava dinheiro da instituição e depositava em conta pessoal,
falsificando documentos para fazer parecer que tudo estava em ordem na
tesouraria.
No curso das investigações, surgiram ainda indícios de que o
servidor desviava o dinheiro para, depois, aplicar em jogos de apostas
virtuais. A apuração começou após o BRB comunicar à polícia que constatou
irregularidades nos registros contábeis da agência onde trabalha o tesoureiro.
A PCDF destacou
que as buscas “tiveram como objetivo a consolidação e o robustecimento dos
elementos probatórios coligidos para conclusão do inquérito em andamento,
visando arrecadar mais elementos de prova hábeis a reforçar os indícios
presentes no inquérito policial e direcionar a continuidade das investigações,
além de observar o possível envolvimento de outras pessoas, incluindo
servidores”.
Ficou determinado, também, o bloqueio de valores existentes em
contas correntes e poupanças, investimentos, ativos financeiros e seguros de
vida titularizados pelo servidor no limite de R$ 3,5 milhões.
O suspeito é investigado pela possível prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As penas, caso ele seja condenado, podem chegar a 22 anos de prisão.