O deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi destituído da
liderança da bancada do partido nesta quarta-feira, 4. Para o seu lugar foi
escolhida a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que retomou o posto ocupado
por cinco dias em dezembro do ano passado. Uma lista com 21 assinaturas foi
aceita nesta quarta-feira pela Mesa Diretora da Câmara para que Joice assumisse
a cadeira.
A troca
acontece um dia depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter
acatado decisão do partido de afastar 12 deputados da legenda de suas
atividades partidárias na Casa pelo período de um ano. Com isso, a bancada
reduz seu número de 53 para 41 deputados temporariamente. A decisão de Maia foi
publicada ontem à noite no Diário Oficial da Câmara.
Todos os
deputados suspensos são “bolsonaristas”, ligados ao presidente Bolsonaro, que
deixou o partido no ano passado. Com isso, a sigla ficou com uma maioria ligada
a Luciano Bivar (PE), dirigente da legenda.
No ano passado,
o ex-partido de Bolsonaro protagonizou a chamada “guerra de listas” na qual
deputados dos grupos opostos se revezaram na cadeira da liderança. Desde
outubro, os deputados do PSL se digladiam pela liderança do PSL que teve guerra
de listas, gravações clandestinas de reuniões e até o presidente Bolsonaro foi
“grampeado” por um parlamentar. A crise levou a saída de Bolsonaro do partido e
a criação do Aliança pelo Brasil, legenda que deve abrigar toda a ala punida
pelo PSL.
Eduardo
Bolsonaro e outros quatro deputados que estavam na berlinda do PSL não foram
suspensos porque têm uma decisão liminar em favor deles. “A decisão de
sancionar o parlamentar por falta disciplinar é privativa de sua agremiação”,
ressalta Maia em sua decisão.
Os deputados
suspensos nesta quarta-feira são Aline Sleutjes (PR), Bibo Nunes (RS), Carlos
Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), General Girão (RN),
Filipe Barros (PR), Junio do Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ),
Sanderson (RS) e Vitor Hugo (GO).