A nova edição do Atlas da Violência, publicação anual do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta terça-feira (5), mostra que Sergipe teve uma redução nos números de homicídios nos últimos anos. Segundo a pesquisa, no período de 2016 a 2021, o estado registrou queda de mais de 40% nesse tipo de crime.
O percentual
coloca Sergipe entre as sete unidades da Federação que mais tiveram
sucesso em reduzir as taxas de homícidio em seus territórios, junto com Acre,
Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Considerando
apenas o período entre 2020 e 2021, Sergipe ocupa o segundo lugar na redução,
com menos 20,3%, ficando atrás somente do Acre, onde os homicídios caíram em
33,5%.
O Atlas da
Violência tem como base principalmente dados do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
ambos sob gestão do Ministério da Saúde. Também são levados em conta os
mapeamentos demográficos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e levantamentos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Dados do
Brasil
A série histórica de
homicídios foi atualizada incluindo os dados de 2021, ano em que houve 47.847
ocorrências segundo consta no SIM. Esse número corresponde a uma taxa de 22,4
mortes por 100 mil habitantes. O índice caiu em relação a 2020, mas ficou em patamar
acima do anotado em 2019.
Considerando a
última década, o número de homicídios no país seguiu uma tendência ininterrupta
de crescimento de 2011 a 2017, ano em que houve 65,6 mil ocorrências. A partir
daí, houve queda em 2018 e em 2019, alcançando o patamar de 45,5 mil casos. Uma
nova alta foi observada em 2020, com 49,8 mil assassinatos. Em 2021, foram 47,8
mil registros.
Apesar da queda
na comparação com o ano anterior, os dados ainda mostram um patamar acima do
verificado em 2019. A diminuição das taxas de homicídio ocorreu em praticamente
todas as regiões do Brasil, com exceção do Norte.
Cinco estados -
Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
- registraram índices abaixo de 19,9 por 100 mil habitantes. Já as maiores
taxas - entre 35,5 e 52,6 por 100 mil habitantes - foram observadas no
Amazonas, Roraima, Amapá, Ceará e na Bahia.
Com informações da Agência Brasil