Uma
mulher de 44 anos foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nessa quarta-feira (21/12), suspeita de ser a mandante da
execução da ex-namorada dela, assassinada em 14 de outubro de 2021. Janeide da
Silva (foto em destaque) está detida preventivamente, por ordem judicial, e teria
encomendando a morte de Jennifer Caroline Gomes, 33, após o fim do
relacionamento entre as duas. Agora, os investigadores procuram o suspeito de
matar a vítima.
Equipes
da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) prenderam Janeide temporariamente —
por tempo definido — em outubro último. A prisão mais recente se deu no âmbito
da Operação Falso Latrocínio. O nome da força-tarefa decorre do fato de o
assassino de aluguel ter simulado um assalto na rua antes de matar Jennifer
Caroline com um tiro na cabeça.
A
execução ocorreu por volta das 6h, no Setor Leste do Gama, depois de a vítima
sair de casa para trabalhar. A PCDF apurou que Janeide conhecia a rotina de Jennifer Caroline e teria
sabido que a ex havia começado a se relacionar com outra mulher.
Na
data do crime, Janeide e o assassino — ainda não identificado — aguardaram em
uma esquina até que a vítima aparecesse. Em seguida, a suspeita deu sinal para
o executor simular um assalto e matar Jennifer Caroline. Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram
que ela chegou a se ajoelhar pouco antes de ser morta.
Depois
de levar o tiro, a vítima foi socorrida e hospitalizada. Jennifer Caroline
ficou internada em coma por dois meses, mas não resistiu e morreu em 23 de
dezembro de 2021.
Áudio com ameaças
Antes de ter mandado executar a
vítima, segundo a polícia, a investigada costumava ameaçar qualquer pessoa que
se aproximasse de Jennifer Caroline.
Em um áudio ao qual a reportagem
também teve acesso, Janeide disse que comprou um “brinquedinho” — uma arma,
segundo a PCDF — para usar com a ex.
As ameaças contra a vítima e
contra quem se aproximasse dela eram intensas, segundo a polícia. Em
depoimento, testemunhas ainda descreveram Janeide com características como
“perfil de psicopatia” e “ciúme possessivo”. Algumas delas só colaboraram com a
investigação após a prisão da suspeita, por medo do que a investigada poderia
fazer; outra chegou a mudar de cidade.
Durante as investigações, a
Polícia Civil verificou que a suspeita tentava atrapalhar as apurações, apagar
provas, apresentar álibis e fazer movimentações na tentativa de não ser
localizada.
Com o mandado de prisão, Janeide
ficará presa, inicialmente, até o fim do trabalho policial. Quem tiver
informações sobre a identidade do assassino pode entrar em contato anonimamente
com a PCDF, pelo telefone 197.