O estado de Alagoas
enfrenta uma preocupante ascensão no número de cédulas falsificadas, de acordo
com um levantamento divulgado pelo Banco Central. Os dados apontam um aumento
significativo de 65,2% em 2023, em comparação com o ano anterior, revelando uma
crescente ameaça à integridade do sistema financeiro local.
No decorrer do
ano passado, foram retiradas de circulação 3.069 notas falsificadas em Alagoas,
um salto expressivo em relação às 1.857 apreendidas em 2022. Esse cenário
coloca o estado como o segundo com maior incidência de cédulas ilegais no
Nordeste, ficando atrás apenas de Pernambuco, que registrou 6.207 notas
adulteradas. O Piauí, por outro lado, apresentou o menor número de ocorrências
na região, com 890 casos.
O levantamento detalha que
as cédulas mais alvo de falsificação em Alagoas foram as de R$ 50, totalizando
1.232 registros. Em seguida, destacam-se as notas de R$ 100 (988 casos), R$ 200
(581) e R$ 10 (147). Surpreendentemente, as cédulas de R$ 2 foram as menos
adulteradas, seguidas pelas de R$ 10 (4 casos) e R$ 5 (6).
A situação
contrasta com a média nacional, que apresentou uma queda de 28,5% no número de
cédulas falsificadas em 2023, totalizando 250.159 unidades em comparação com as
350.319 registradas em 2022. São Paulo, apesar de liderar o ranking nacional,
contribuiu para essa diminuição, com uma queda de 27,6% nos casos. O Amapá, por
sua vez, registrou o menor número de notas falsificadas, totalizando 56.
A falsificação
de cédulas é classificada como crime pelo artigo 289 do Código Penal, com pena
prevista de 3 a 12 anos de prisão. O Banco Central destaca que mesmo quem
recebeu uma cédula falsa de boa fé pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2
anos de detenção, caso tente colocá-la em circulação.
Diante deste cenário, o Banco Central recomenda que qualquer cidadão que suspeite de uma cédula recebida dirija-se imediatamente ao gerente da agência bancária para solicitar providências de pronta substituição. Caso não haja uma solução satisfatória, a orientação é procurar uma delegacia policial para registrar a ocorrência.
O consumidor comum também é aconselhado a recusar notas suspeitas em transações cotidianas, buscando uma agência bancária para encaminhamento da nota ao Banco Central para análise de autenticidade. A colaboração da população é fundamental para combater esse problema crescente e preservar a integridade do sistema financeiro alagoano.