O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que inclui o nome de Luiz Gonzaga no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. A Lei 14.793 foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (8).
A lei teve origem em um projeto (PL 1.927/2019) do
ex-senador Jarbas Vasconcelos, aprovado pela Comissão de Educação (CE) do
Senado em agosto de 2019 e, posteriormente, também na Câmara dos Deputados, em
2023.
“Por toda sua história, não resta dúvida de que é
meritória a homenagem que se pretende prestar a Luiz Gonzaga, autêntico
representante da cultura popular brasileira, ilustre porta-voz do povo
nordestino e incansável divulgador das dificuldades enfrentadas por seu povo”,
disse o autor da proposta sobre o músico pernambucano que ficou conhecido como
Rei do Baião.
Após ver abruptamente encerrada sua história de amor
proibida com a filha de um coronel, Luiz Gonzaga fugiu para o Ceará e
alistou-se no Exército, onde exerceu a função de soldado por nove anos. Mais
tarde, no Rio de Janeiro, a carreira começou a decolar, após apresentação no
programa de Ary Barroso, em 1941, quando tocou a instrumental “Vira e Mexe”,
que também viria a ser a sua primeira gravação.
Em 1945 conheceu o advogado Humberto Teixeira, que
seria seu parceiro em composições pelo resto da vida. Dessa parceria, surgiram
muitos sucessos compostos por ambos e cantados por Luiz Gonzaga. A música que
mais o consagrou foi “Asa Branca”, considerada um hino do Nordeste.
Em 1980, Luiz Gonzaga cantou para João Paulo II,
durante a visita do papa a Fortaleza. Após uma carreira de sucesso, voltou para
sua terra natal, para criar gado e viver como nas suas origens. Faleceu no
Recife, no dia 2 de agosto de 1989.
Em seus 60 anos de carreira, gravou mais de 600
músicas, tendo recebido diversos prêmios por sua obra. É pai do cantor e
compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, falecido em um
acidente automobilístico em 1991.
No ano de 2012, por ocasião do centenário de
nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi homenageado pela escola de samba
Unidos da Tijuca, campeã do carnaval carioca daquele ano, com o samba-enredo O
Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do
Sertão. No mesmo ano, os Correios emitiram um selo em homenagem ao novo herói
da pátria.
Com informações da Agência Senado.