A morte da cantora Dani Li, de 35 anos, é investigada pela Polícia Civil. A artista, que era de Macapá, no Amapá, veio para o Paraná para uma cirurgia de procedimento estético. Ela morreu na quarta-feira (24), após quase uma semana internada por um problema durante um procedimento.
Familiares da cantora foram ouvidos, nesta segunda-feira (29), em Pinhais, cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde foi feita a cirurgia de Dani Li. A família acredita em erro médico.
A delegada Gessica Andrade, responsável pelas
investigações, contou que Dani Li chegou ao Paraná e no mesmo dia deu entrada
para a cirurgia plástica.
“Segundo
informações, a Dani Li chegou em Curitiba no dia 19, e no mesmo dia deu entrada
na Fundação Hospitalar de Pinhais, para realizar um procedimento estético.
Houve uma intercorrência durante a cirurgia, e ela teve que ser transferida
para o Hospital Evangélico Mackenzie. Veio a óbito, e a gente começou a
investigação”.
O
que a polícia já entendeu é que Dani Li faria dois procedimentos, e um problema
durante um deles foi o que trouxe as complicações.
“Nós
sabemos, com certeza, que houve uma intercorrência durante a cirurgia,
documentada pelo anestesista e pela médica responsável pela cirurgia plástica.
Sabemos também que a clínica não tinha aparato de UTI, que a cirurgia era de
grande porte, ela faria uma lipoaspiração e a mastopexia e depois dessa
intercorrência foi feita só a lipoaspiração e ela foi encaminhada ao hospital
num quadro mais agravado”
Erro médico
Para a família, houve erro médico durante o
procedimento cirúrgico. Isso porque a cantora recebeu uma quantidade baixa de
sedativo, ela chegou a acordar durante o procedimento, o que fez com que fosse
aplicada mais uma quantia, que acabou sendo demais. Dani Li entrou em
coma.
A
delegada, porém, ainda não fala em erro médico. Isso porque, na avaliação
da policial, as investigações ainda precisam evoluir.
“Acredito
que seja um pouco prematuro, é claro que o caso causa extrema revolta, era uma
mulher nova que deu entrada para fazer uma cirurgia eletiva e nunca mais
voltou. A família está bem indignada, mas nós estamos com toda a cautela
possível”.
Dani Li, que
era casada com Marcelo Mira, deixou uma filha de sete anos. Conforme a
delegada, a investigação vai apurar todos os detalhes que envolveram o caso:
desde a internação na Fundação, em Pinhais, até a chegada ao Hospital
Evangélico, em Curitiba.
“Num
primeiro momento não podemos afirmar que alguém está sendo investigado por
algum crime. Vamos investigar a situação como um todo, todos os envolvidos na
cirurgia vão ser chamados, a gente vai procurar um médico especializado para
que indique o que foi que aconteceu nessa cirurgia e se a equipe médica adotou
todos os procedimentos necessários para salvar a vida da Dani Li […]. Vamos
enviar o prontuário médico para o IML para que um médico do Estado diga se o
procedimento adotado foi o correto, e vamos ouvir todos os envolvidos no
procedimento cirúrgico e no hospital que ela deu entrada”.
Procurado, o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) informou que a paciente foi encaminhada pelo Samu no dia 19/01/2024, e permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva até o dia 24/01/2024, quando evoluiu a óbito. “O HUEM se solidariza com a família nesse momento de dor”.