Segundo levantamento realizado
por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, desde a máxima histórica, a
petroleira já perdeu impressionantes R$ 93,1 bilhões em valor de mercado, com
uma queda de R$ 23,8 bilhões apenas neste ano de 2024.
Durante o período vespertino,
as ações da Petrobras chegaram a despencar mais de 13%, embora tenham reduzido
as perdas para cerca de 10% até o final do pregão. As ações ordinárias (PETR3)
encerraram o dia com uma queda de 10,37%, enquanto as preferenciais (PETR4)
recuaram 9,14%.
O
que mais desapontou os investidores foi a proposta de distribuição de
dividendos no valor de R$ 14,2 bilhões para o quarto trimestre. O mercado
aguardava ansiosamente por um pagamento de dividendos extraordinários, porém a
Petrobras optou por destinar US$ 9 bilhões (aproximadamente R$ 43,9 bilhões)
para a criação de uma reserva de Remuneração de Capital.
Rebaixamento de recomendações
A frustração com os dividendos
e a criação da reserva resultou no rebaixamento das recomendações por
instituições financeiras como Santander e Bradesco BBI, que mudaram a
classificação das ações da Petrobras de “compra” para “neutro”. Mais tarde,
analistas do Bank of America também reduziram a recomendação dos papéis, além
de ajustarem o preço-alvo para R$ 38, citando expectativas mais modestas de
retorno de caixa e uma percepção ampliada de risco.