Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que havia por trás
um grupo criminoso especializado na prática de roubos nas rodovias e às margens
do Rio Paraná.
Segundo o delegado Rafael Favreto, responsável pelas investigações, os
criminosos assaltavam outros contrabandistas e traficantes da região da
fronteira com o Paraguai. Eles se passavam por policiais, usavam falsos
uniformes, distintivos e até falsas viaturas, e faziam emboscadas para as
vítimas de forma violenta em supostas abordagens.
Onze mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva
foram cumpridos em Guaíra, Umuarama, também em Terra Roxa e Cianorte, onde
moravam os líderes dessa organização criminosa. Até o momento, cinco imóveis de
luxo foram confiscados pela Justiça. Além de 20 veículos apreendidos e mais de
50 contas bancárias foram bloqueadas.
O delegado explica que os criminosos eram conhecidos na região como
“piratas do asfalto”. O principal receptador da organização teria movimentado
mais de R$ 9 milhões, somente nos últimos 6 meses.
A polícia apreendeu durante as investigações diversos tipos de armas,
inclusive adaptadores para submetralhadoras. As drogas e medicamentos
contrabandeados eram revendidos pelo grupo. De acordo com a polícia, os
criminosos enviavam remessas semanais de valores por depósitos bancários para
uma facção criminosa de São Paulo e da região de fronteira.
A operação envolve cerca de 60 policiais federais nas ruas das cidades
da região oeste e noroeste do Paraná.