O Ministério Público
Federal (MPF) denunciou seis pessoas por integrarem
associação criminosa especializada em tráfico de animais silvestres capturados
principalmente no Parque Nacional de Boa Nova, unidade de proteção integral na Bahia. Parte dos denunciados reponde, ainda,
por maus tratos aos animais.
O grupo também
atua em outras áreas ambientais protegidas, na região sudoeste do estado e em
Minas Gerais, e foi alvo da Operação Ajueretê, deflagrada em agosto do ano
passado. A denúncia é do dia 15 de julho.
Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), o tráfico de animais é o terceiro maior mercado ilegal do planeta,
movimentando perto de R$ 39 bilhões. No Brasil, a estimativa é que o comércio movimente
US$ 2,5 bilhões. Somente no Brasil, a cada ano são retirados da natureza 38
milhões de animais.
De acordo com
ação, a caça, a manutenção em cativeiro e o tráfico de animais são as
atividades principais dos denunciados, que atuam sob a liderança de Rodrigo
Barros de Calmon e Adriano Luiz Cordeiro, apontados pelo Ibama como dois dos
principais traficantes de animais silvestres do país.
As
investigações sobre a atuação do grupo, que se iniciaram ainda em 2018 pela
Polícia Federal, possibilitaram 14 apreensões, totalizando 1.030 animais de
diversas espécies, como: papagaio (Amazona aestiva), arara canindé (Ara
ararauna), arara azul (Anodorhynchus hyacinthinus), arara vermelha (Ara
chloropterus), pássaro preto (Molothrus otyzivorus), periquitos-rei (Eupsitula
Aurea) e tucano (Scaphidura oryzivora). Além disso, no âmbito da Operação
Ajuruetê, na segunda fase das investigações, foram apreendidos apetrechos para
captura e armazenamento de animais, anilhas, armas e munições.