De acordo com os dados do Instituto de Análises
e Pesquisas Forenses (IAPF), no ano de 2021, os acidentes de trânsito
provocaram 246 mortes no estado de Sergipe, houve uma queda quando comparado ao
ano anterior, em 2020 foram 256 vítimas fatais no trânsito. Embora tenha
ocorrido essa diminuição, de cerca de 4%, o número de acidentes de trânsito com
mortes continua alto nas avenidas, estradas e rodovias de Sergipe.
O que chamou
atenção no levantamento da perícia, é que das 246 vítimas fatais, 144 testaram
positivo para o consumo de bebidas alcoólicas, o que corresponde a 58,5% dos
laudos periciais emitidos pelo Laboratório de Toxicologia Forense do IAPF. Nas
outras 102 vítimas - o que corresponde a 41,5% -, as perícias não indicaram a
presença de álcool no organismo.
O perito Ricardo
Leal alertou para o número alto de casos de acidentes de trânsito envolvendo o
consumo de bebidas alcoólicas. "Com relação aos casos de acidentes de
trânsito, nós verificamos uma pequena diminuição com relação a 2020, mas o uso
de álcool no trânsito ainda é alto. Quase 60% dos casos, as vítimas estavam
usando álcool", reiterou.
Ainda segundo os
dados do IAPF, a maior parte das vítimas do trânsito eram do sexo masculino.
Durante o ano de 2021, das 246 mortes, 218 foram de homens, perfazendo o total
de 88,6% dos óbitos em decorrência de acidentes de trânsito. Já as mortes de
pessoas do sexo feminino representaram 10,2% dos casos ou 25 pessoas que
perderam a vida.
O Laboratório de
Toxicologia Forense também verificou que pessoas entre 25 a 34 anos e 35 a 44
são as que mais morreram em acidentes de trânsito em Sergipe. Ambas as faixas
etárias aparecem com 19% do total das vítimas, totalizando 38% de todas as
mortes no trânsito no território sergipano.
Ainda conforme
esse levantamento, as pessoas entre 18 a 24 anos correspondem a 14% das vítimas
desses acidentes. A faixa etária entre 45 a 54 anos representa 10% das mortes
no trânsito. Os quatro grupos com maior incidência de morte respondem por 62%
das vítimas dos acidentes nas vias sergipanas em 2021.
Ricardo Leal
associou que a faixa etária pode estar relacionada com os hábitos dos jovens
quanto à direção veicular. “Eu acredito que as pessoas nessa faixa etária têm o
hábito de consumir mais álcool em festas, nos finais de semana e infelizmente
não tem a consciência de que é muito perigoso consumir álcool e conduzir um
veículo, fatalmente se envolvendo em acidentes”, ressaltou.
O IAPF também fez
o recorte por região onde ocorreram as mortes em acidentes de trânsito. Na
capital, conforme o levantamento do Laboratório de Toxicologia Forense, 50
pessoas perderam a vida no trânsito, indicando 20,3% desses óbitos. Já no
interior sergipano, foram 196 mortes, correspondendo a 79,7% do total de
falecimentos.