Bandos que atacam agências
bancárias causam terror em pequenas e grandes cidades da Bahia, deixando um
rastro de destruição após concluir seus planos criminosos. Um dos integrantes
de um desses grupos, identificado como Adson Correia Santa Rosa, foi preso, com
outros sete homens, em 2018, sob suspeita de atacar dois bancos localizados na
Bahia e em Sergipe, na companhia de seus comparsas.
A defesa de
Adson solicitou à justiça baiana sua libertação. Em 2018, quando foi detido, o
grupo ao qual ele é suspeito de pertencer foi acusado de recrutar moradores das
cidades-alvo para estudar as rotas de fuga e verificar se as agências bancárias
estavam abastecidas com dinheiro. Durante a prisão dos suspeitos, foram
apreendidas armas de alto poder destrutivo, explosivos e dinheiro em espécie.
Na
fundamentação do pedido de liberdade, a defesa de Adson argumentou que seu
cliente esteve preso preventivamente desde 12 de janeiro de 2018, mas que essa
medida foi revogada em setembro de 2022 devido ao excesso de prazo. No entanto,
em 12 de dezembro de 2023, o mesmo juiz decretou novamente a prisão preventiva,
alegando a necessidade de garantia da ordem pública.
A defesa alega que não há
fatos novos que justifiquem essa nova prisão preventiva e critica a
fundamentação da decisão, considerando-a genérica e carente de motivação
concreta. O juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Jeremoabo, no norte
da Bahia, no entanto, negou nesta semana o pedido de liberdade, indicando que
não há evidências suficientes para comprovar a coação ilegal e violação de
direitos do paciente.
De acordo com
dados do Sindicato dos Bancários da Bahia, neste ano, não houve nenhuma ação
criminosa contra bancos da Bahia. Já em 2023, foram oito ocorrências, sendo as
três últimas delas nas cidades de Itiúba, Paripiranga e
Maragogipe.