O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou, nesta
segunda-feira (8/3), que o valor da nova rodada do auxílio emergencial será
entre R$ 175 e R$ 375. Segundo Guedes, está cada vez mais próxima a aprovação da
retomada do benefício que ajudou famílias de baixa renda a se estabelecerem
economicamente na crise promovida pela pandemia da Covid-19.
Questionado
sobre o valor do benefício, o ministro informou que R$ 250, pagos em quatro
parcelas, é um valor médio.
“Esse é
um valor médio, porque e for uma família monoparental, dirigida por uma mulher,
aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os
dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os
parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania“,
explicou o ministro em coletiva no Palácio do Planalto.
“Sabemos
como se enfrenta uma crise: vacinação em massa e auxílio emergencial. Estamos
aprovando essa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) fiscal”,
afirmou Guedes em referência à PEC Emergencial.
A proposta, já
aprovada pelo Senado e em discussão na Câmara dos Deputados, dá condições para
a extensão do auxílio, flexibiliza regras para a retomada do programa, mas não
detalha valores, condições e prazos.
A equipe de
Guedes impôs uma condição controversa para a aprovação do texto. O ministro
exigiu um congelamento do salário de servidores públicos, por cerca de dois
anos, para a distribuição de uma nova rodada do auxílio.
“Essa é
a única contrapartida fiscal que estamos pedindo”, disse o titular
da Economia. “Na
Alemanha aconteceu isso: Não faltou dinheiro pra saúde, mas não houve aumento
de salários. A classe política assumiu isso”, exemplificou.
De acordo com o
ministro, o governo gastará R$ 44 bilhões com a retomada do benefício. “Se na
frente for exigido mais, nós temos todo o protocolo pra isso”, declarou.
Em 2020, o
governo pagou cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, o que custou um
total de R$ 300 bilhões. O benefício foi pago entre maio e dezembro. O governo
considerou que o benefício ajudou a impedir uma queda ainda maior do Produto
Interno Bruto (PIB) de 2020. No ano passado, a economia brasileira teve
retração de 4,1%.