Conforme divulgado em novo estudo do instituto
iDados Consultoria, o grupo dos "nem-nem", como são chamados os
jovens que não trabalham e nem estudam, cresceu amplamente
no país em 2021.
Segundo a
consultoria, até o segundo trimestre de 2021, essa população representava
30% dos jovens dessa faixa etária. Isso significa 12,3 milhões de pessoas,
cifra que supera a população da Bélgica.
O número
de nem-nem teve um salto durante a pandemia, em 2020. Em 2021, os números
recuaram um pouco, mas continuam acima do nível pré-covid 19. São quase 800 mil
pessoas a mais ante o primeiro semestre de 2019 – quando o grupo representava
27,9% dos jovens até 29 anos. O problema é que desde 2012 o número está em
crescimento. Naquela época, os nem-nem eram 25% da faixa etária (ou 10
milhões).
“Isso
representa uma ineficiência enorme para o Estado, já que muitas dessas pessoas
tiveram um investimento público por trás”, diz a pesquisadora da
consultoria, Ana Tereza Pires, responsável pelo levantamento. Além da questão
econômica, tem também o lado individual de cada um dos jovens, sem experiência.