O
novo presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, admitiu a possibilidade de o Censo
Demográfico só ser realizado no próximo ano. Ao ser empossado no cargo, o
gestor alegou que o instituto está preparado tecnicamente para realizar o levantamento, mas lembrou a questão orçamentária que deu origem ao imbróglio.
“Há um clamor social para que ele ocorra. Precisamos,
contudo, aguardar se o orçamento de R$ 2 bilhões será recomposto, seja por via
judicial ou pelo Congresso, para que todo o planejamento da operação censitária
seja executado”, explicou Rios Neto.
Realizado a cada 10 anos, o Censo ocorreria em 2020, mas foi adiado
em função da primeira onda da pandemia. Neste ano, novo adiamento, desta vez
por corte dos recursos do IBGE para R$ 53 milhões na aprovação do orçamento
federal. Na quarta-feira (28), o Supremo Tribunal Federal concedeu a liminar obrigando a realização da
pesquisa este ano.
Rios Neto destacou, contudo, que, independente da
recomposição do orçamento, já não será possível começar a coleta dos dados em
1º de agosto, como previa o cronograma inicial do Censo. “No atual momento,
isso significa contemplar o adiamento do início da coleta para setembro ou
outubro”, afirmou. Até a resolução da questão orçamentária, o órgão não vai
realizar a seleção de recenseadores e agentes censitários.